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Nas Nuvens de Um Terceiro Andar

Sab | 31.12.16

2016

Nuvem

 

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2016 foi com certeza o ano mais marcante da minha vida. Da nossa.

Não foi tudo bom. Porque não foi. As duas operações do M e o acidente dele acabaram por manchar um ano que tinha tudo para ser o melhor. Mas, acabou por o ser.

O casamento foi mesmo o melhor dia das nossas vidas. Mais de metade do ano foi passado a preparar tudo para aquele dia e, confesso, houve dias de muito cansaço... Quando somos nós a planear e a fazer tudo, desde lembranças a convites, acaba por dar MUITO trabalho.. Mas...Foi único ter ali todos. Todos. Ou melhor, todos o que era possível. Não é passível de colmatar a falta que fez lá a G. ou o avô do M. Mas, e não sabendo explicar nem como nem porquê, senti que estavam lá, na hora em que olhei para Nossa Senhora dos Milagres, a padroeira da capela. Eles estavam ali, de mãos dadas connosco.

Depois, em 2016, fomos campeões da europa de futebol. E, querendo ou não, gostando-se ou não de futebol, foi um momento único nas nossas vidas. Ainda hoje tremo ou fico emocionada quando oiço o relato do golo do Éder. Provámos que Portugal é muito mais que um país à beira-mar plantado.

A lua-de-mel foram também dias únicos. O México tem realmente uma cultura muito diferente da nossa mas boa. É fácil de respirar lá. Foi um descanso merecido que ambos precisávamos.

O vir viver juntos para a nossa Nuvem foi o passo que já precisávamos. Depois de 11anos de namoro, ou era agora ou não era. E tem corrido como esperado: muito bem. Complementamo-nos. Claro que já discutimos. Claro que já houve amuos. Mas em cinco minutos, já me esqueci!

Estou bem. 2016 foi um bom ano.

2017? Esperemos que nos traga agora a estabilidade. Precisamos agora da calma que este 2016 não nos deu. Precisamos de menos sobressaltos e menos sustos (o meu coração não aguenta!). Precisamos de dias de passeio. Precisamos um do outro. E isso temos ;)

Entrem em grande em 2017! E rodeiem-se das vossas pessoas! Isso é mesmo o melhor que podemos ter!

 

Qui | 29.12.16

Do que se perdeu em 2016

Nuvem

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 Este foi um ano em que perdi três pessoas. E não perdi por terem morrido. Perdi porque, simplesmente, quiseram ir andando para fora da minha vida. Isso não me incomodaria, caso eu tivesse feito algo para que isso acontecesse. Mas não fiz.

Duas delas acho que terão ficado chateadas porque não as convidei para o casamento. Mas, sejamos honestos. Não se pode convidar o mundo todo. E, entre ter as pessoas que realmente se importam comigo, e as ter a elas, que falam comigo três vezes no ano se tanto, sei que fiz a escolha acertada. Parece que agora é que se lembraram que queriam lá estar. Mas e então, de todas as vezes que eu precisei, onde estavam elas? Não estavam. E não as condeno, talvez eu não estivesse também. Afastámo-nos e é só. Mas quando agora tentei falar com elas para as parabenizar pelo aniversário, nem se dignaram a responder e ignoraram-me.

A outra, bem, a outra é uma história demasiada complexa, onde eu fui apanhada no meio de uma tempestade e ela não percebeu que eu só lá estava "de passagem", sem ter nada a haver com aquilo. Mas pronto.

O que me magoa é ainda me ignorarem. Porque sim, tentei falar com elas e perceber o que se passava (sim, sou mesmo burra.). E NENHUMA se dignou a responder-me. Acresce dizer que nenhuma das três se conhece. São de fases e de sítios da minha vida bem diferentes. Mas as três decidiram ir embora.

Eu demoro a aceitar. Tento perceber o porquê e compor as coisas. Mas tenho um limite. E hoje, cheguei lá. Demoro a tirar as pessoas da minha vida, mas se foram elas a querer seguir um caminho diferente, apago do meu mapa esse caminho. Para sempre. Demoro, mas quando é, é a sério.

Desejo-lhes o melhor. De verdade. Mas também desejo que nunca mais as encontre. Porque não as "vou ver".

 

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