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Nas Nuvens de Um Terceiro Andar

Qua | 06.12.17

Do sentir saudades

Nuvem

Esta é uma altura mágica. Uma altura que adoro. Que os meus olhos sorriem só de olhar para as luzes e toda a magia inerente.

Mas esta também é uma altura de saudade. Saudade de quem já não está. Nestes dias tão frios mas com um sol a querer aquecer, lembro-me sempre de, há muitos anos atrás (mais de 20!) aproveitar estes dias com ela e irmos às compras. A pé, pela cidade fora, comprava as prendas para oferecer. Mas ela oferecia não o que era bonito. Mas sim o que toda a gente gostaria de receber. O que faria com o que as pessoas se lembrassem sempre dela.

Num desses Natais, ofereceu-me uma agenda de contactos do Bueréré (ainda se lembram?). Era cor-de-rosa e foi a minha primeira agenda. Guardo-a até hoje. Como o meu maior tesouro. Ainda cheira a ela, se isso é possível. Não sei se sou eu que imagino, mas, de cada vez que lhe toco, é o cheiro às maravilhosas filhoses que só ela sabia fazer ou À pizza inesquecível que vem. É o cheiro a ela. É o cheiro da saudade.

O Natal é uma altura de alegria. Mas é uma altura de tantas saudades. Saudades que nunca vão acabar. Sei que todos temos alguém de quem temos saudades. E que queríamos tanto que estivessem cá... Resta recordá-los... Nem que seja a comer as filhoses que, não sendo tão boas, ajudam a colmatar esta saudade!

 

 

Hoje faz 4anos que a minha Rita também nos deixou. Este sentimentalismo neste dia não é por acaso. O sorriso daquela menina era único. Tal como a sua força. E a sua falta.