Depois de mais de um ano, volto hoje ao trabalho. E, não me entendem mal, gosto muito do meu trabalho. Mas não estou feliz por voltar...
Circunstâncias e pessoas fazem-me sentir assim e não estou com aquele sorriso que era esperado. Claro que fazer o que gosto ajuda e vai tornando as horas menos difíceis de passar...mas estou cada vez menos tolerante à maldade gratuita, à mesquinhez, à falta de empatia...e isso deixa-me completamente desconsolada neste regresso.
Querendo ou não, ser mãe deixa-me numa posição debilitada.Porque, para outras mulheres, os direitos de uma mãe (ainda) são inconvenientes...
O facto de trabalhar a mais de 40Km de casa, agora com dois piolhos, também não ajuda. Porque estou sempre preocupada que aconteça algo e que eu esteja longe....sim, tenho o pai e os avós aqui que fazem tão bem ou melhor que eu, mas, sou a mãe e quer estar sempre quando eles possam precisar...
Hoje regresso. E, não estando feliz, estou viva. Tenho saúde e os meus também. E, por ora, isso basta.
6meses deste amor pequenino em tamanho mas do tamanho do universo e mais além, neste coração de mãe.
Nesta semana em que vou regressar ao trabalho (depois de amanhã), este menino é uma surpresa todos os dias. Começou a escola e tem sido um exemplo de menino. Sempre bem-disposto, com um sorriso que conquista todos e que me deixa um bocadinho menos ansiosa!
6meses de mãe dele, mas também 6meses de mãe de dois. E tem sido a viagem mais difícil mas também a mais bonita da minha vida
Desta novela que temos vindo a assistir, há muito pouco a dizer. Mas há uma coisa que nenhum dos intervenientes deveria esquecer: são pais de dois meninos. Dois filhos que lhes merecem respeito. Que merecem que as suas vidas não sejam assim devassadas e escrutinadas, numa luta entre as duas pessoas que têm o dever de os proteger.
Se a posição em que ela ficou é boa? Claro que não! Qual a mulher ou homem que gosta de ser traída/traído? Ninguém! Mas...é deixar ir. É "aceitar que dói menos"...porque estas guerras não vão resolver o problema, só vão potenciar a infelicidade dela, dos meninos e, honestamente, dar-lhe gozo a ele.
No amor...não vale tudo. E estes miúdos merecem mais. Muito mais.