A saúde mental está frágil
A saúde mental está frágil.
Saem estudos todas as semanas que comprovam isto. Há imensos programas, podcasts, entrevistas sobre o assunto. Eu sei, todos sabemos. Na teoria.
Mas na prática? Quantos patrões (incluindo o Estado, esse patrão incrível que muitos de nós temos!) mudaram alguma coisa para melhorar a qualidade de vida dos seus trabalhadores que passam a vida a correr entre trabalho e obrigações e ficam sem tempo para cuidar de si e dos seus? Quantas pessoas mudaram a sua atitude perante o outro e deixaram de fazer comentários absolutamente desnecessários e inconvenientes?
Assistimos todos os dias a pessoas que entram em depressão, burnouts e outras coisas que tais...mas nem assim se muda.
Continuamos a assistir, todos os dias, a bullying nas redes sociais. Seja porque estamos magros, gordos, bem ou mal vestidos. Porque viajamos ou porque nunca saímos de casa. Tudo é alvo de escrutínio, para tudo há sempre uma opinião.
E, quando se apregoa a empatia, a sororidade, a compreensão...Onde estão? Para onde foram?
Temos, realmente, de olhar para nós. E para o outro como uma pessoa com sentimentos. E temos, mesmo, de perceber que a saúde mental é tão ou mais importante que a saúde física. E que, um simples comentário, pode derrubar toda uma estrutura mental que por si só já está fragilizada. E que muitas vezes não se mostra.