Partir do Zero
Fui bastante influenciada a ver esta série. Durante vários dias, só via posts e opiniões nas redes sociais sobre como esta série era boa e tinha feito chorar...e chorar é comigo!...
Não chorei. Inacreditavelmente não chorei. Mas não chorei por tristeza. Porque, caramba, é inacreditável como num segundo tudo pode mudar. è horrível pensar que o pouco que ainda vamos dando por garantido, podemos perder em menos de nada.
Estou com o Miguel há, daqui a pouco, 18anos. Tenho 31. A verdade é que mais de metade da minha vida foi com ele. O meu melhor amigo, a minha paixão, o meu amor. E, pensar que o posso perder de um momento para o outro, não me deixa a chorar. Deixa-me completamente petrificada. Fico mesmo gelada. Porque, juro, nem sei como se sobrevive a isso.
Quando temos a sorte de encontrar a nossa pessoa, a nossa outra metade, é humanamente impossível pensarmos em perdê-la, mesmo sabendo que isso pode acontecer. Costumo pensar que, quando formos muito velhinhos, quero ir antes dele, porque sou egoísta e não quero eu passar pela sua perda. Essa é a verdade.
Dirão que a vida continua. Que aprendemos a viver com a falta, com a saudade. Mas nunca mais estamos completos, nunca mais nos sentimos verdadeiramente felizes.