Um médico no seu melhor...(ou não!)
Estou com uma amigdalite. Desloquei-me às urgências porque sabia que tinha de ser vista e ser receitado antibiótico.
Tive o cuidado de logo na triagem dizer que estava a amamentar. Quando falei com o médico que viu, foi a primeira coisa que disse.
Receitou-me um medicamento para tirar a dor (ou seja, que nem era o antibiótico) altamente perigoso para a amamentação. Disse-lho. Disse-lhe educadamente que não era compatível com a amamentação e se não havia outra alternativa.
A resposta dele?:
- Se o menino já tem oito meses já não há problema de não amamentar. Hoje em dia dão importância demais às coisas. Na altura em que a menina foi criada não se pensava em nada e também está cá.
Acenei. Peguei nas minhas coisas e recusei o tratamento, depois de falar com uma amiga, também ela mãe e médica, que achou o mesmo que eu, não valia o risco. Para tirar as dores, um paracetamol chega.
Recusei o tratamento e vim embora. Os enfermeiros nem queriam acreditar, mas perceberam que eu tinha razão.
A questão aqui é: numa altura em que tanto se defende o aleitamento materno, em que a OMS defende a amamentação ao máximo, num hospital ACREDITADO como sendo "Hospital Amigo do bebé" é estes médicos que temos?
E se eu não tivesse a preocupação de ver se podia tomar aquele medicamento? Há muitas mães que não sabem isso e tomam o que o médico mandar, porque o "Senhor Doutor é que sabe"....
Para quem não sabe, vejam sempre no site e-lactancia se podem ou não tomar, ou qual o risco da toma.
Fico muito triste que o Sistema Nacional de Saúde esteja entregue a pessoas destas.